Subitamente deparei-me com a estatística das mulheres que nunca atingiram um orgasmo.
Como era possível serem tantas?
Qual seria a razão deste insucesso?
Falta de atenção ou interesse dos companheiros?
Falta de interesse destas mulheres?
Questões culturais, sociais, religiosas?
Tudo em conjunto?
Sem pensar em aprofundar todas estas questões desafiei-me a servir o primeiro orgasmo às mulheres que o desejassem.
Era uma excelente desculpa para aplicar as técnicas com lenços.
Criei um profissional: "O consolador" e registei um endereço de email para o propósito.
Inicialmente, por falta imaginação, publiquei um reles anúncio, sem esperança de ser contactado:
"Para mulheres que nunca conheceram a experiência do orgasmo, O Consolador abre-lhes esse mundo. Só paga se ficar totalmente satisfeita. Tel. 960000000, consoladordoslencos@gmail.com"
Desenvolvi um guião que, a pedido, enviava por email, para ter a tal aparência profissional.
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Programa
1 - Passeio de descontracção (com jantar opcional OP2 e OP3)
2 - Banho acompanhado
3 - Massagem corporal intensa e relaxe
4 - Exploração corporal, análise sensorial e estimulação de prazer
5 - Massagem relaxe
Tipo de tratamento
Casual - Tu ou Você - sem título
Formal - Sra. D., Sra. Dra., Sra. Arq., etc
Muito Formal - Vossa Alteza, Minha Princesa, Meritíssimo, Magnífica, etc
Os tempos das fases do programa não são pré-definidos, dependendo do envolvimento da cliente.
Todo o programa é baseado na estimulação sensorial e em processos simples, sendo lenços os únicos acessórios usados.
O tipo de tratamento serve para introduzir alguma fantasia e descontracção.
Preços
OP1 - 200€ - Base - no local da cliente
OP2 - 250€ - Plus - no local da cliente com jantar fora.
OP3 - 400€ - All inclusive - em quarto especializado mais jantar fora.
O pagamento só será aceite em caso de sucesso.
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Como esperava não choveram telefonemas mas, eventualmente, respondia a curiosas. Só por isso valia a pena. Enviava-lhes o email com o programa e falava um pouco do prazer e dos acessórios usados.
Inesperadamente, após um desses telefonemas, numa segunda chamada, fui confrontado com o pedido:
- Tem disponibilidade para este fim de semana?
- Tenho - respondi algo incrédulo.
- Qual é a opção que recomenda?
- Sinceramente acho que a Plus é a melhor. Temos todo o tempo para conhecer descontraidamente e não há o desconforto de ir a um local desconhecido onde todos sabem o que se faz.
- Então é é a Plus que quero. Pode ser sábado?
- Claro que sim. Iniciamos às 16:00?
- Posso fazer um pedido?
- Com todo o gosto.
- O tratamento pode ser por princesa mas informal, por tu? Eu gostava.
- Parece-me bem, minha princesa
- Obrigadaaaa.
- Tudo como desejares, princesa.
- É preciso alguma coisa?
- Desejo. Prepara dois lenços quadrados e macios. Trata-me também por "tu".
- Parece-me bem. Está combinado.
Definimos que nos encontraríamos em Sintra, junto á fonte, na entrada. Eu estaria no meu Volkswagen EOS, branco, de capota aberta à sua espera.
Ainda faltavam alguns minutos para as 16:00 e já tinha conseguido estacionar. Não resisti beber na frescura da fonte. Foi bom ter algum tempo para esconder a ansiedade.
Pouco passava das 16:10 e um carro estacionou perto do meu.
Uma mulher de estatura média, de cabelo pelos ombros morena. Não era nada feia e, pelo contrário, tinha uns lindos cristalinos olhos. Calças azuis, blusa branca e óculos de sol grandes e redondos.
Sem querer eu tinha o preconceito que seria, mais velha, com ar amargurado, viúva, divorciada ou encalhada.
- Olá. Foi fácil de encontrar. Estavas há muito tempo á espera? - disse despachada também a disfarçar o nervosismo.
- Olá. Nem por isso. Foi com todo o gosto. E como estás princesa?
- Ah! Que giro. Princesa... Estou bem. E tu?
- Muito bem. Vamos ao nosso passeio? - convidei abrindo a porta do descapotável.
- Vamos. Trouxe o combinado. Nunca tive jeito com lenços e não tinha dos que indicaste. Pedi a uma amiga para me emprestar estes dois. Queres ver se estão bem assim?
- Quero, claro.
Retirou-os da carteira e desdobrou-os, sobre o seu colo, para me mostrar.
Um castanho muito escuro, médio (65cm de lado), de algodão suave com um pequeno padrão de quadriculas creme e castanho claro e um grande (85cm de lado) sintético mas também suave, muito colorido.
- Era mesmo isto que eu queria. Podemos começar já a usar um destes? - perguntei sem cerimónia.
- Já!? - inquiriu tanto espantada como curiosa.
- Sim. Vais cheia de estilo como Grace Kelly. É o ideal para o descapotável num dia de brisa fresca como este. O que achas princesa?
- ...mas eu não sei bem como por. - disse hesitante.
- Não te preocupes, princesa. Eu ponho-te.
Retirei os seus óculos de sol desvendando uns profundos olhos claros.
Peguei no lenço maior, dobrei em triângulo, fiz uma pequena dobra no lado maior, para dar firmeza e, lentamente, coloquei sobre a sua cabeça, passando as pontas debaixo do queixo, atando atrás da nuca, com o nó descaído para a sua direita. Ajeitei docemente, mais que necessário, mas era a subtil oportunidade para os primeiros contactos físicos. Recoloquei os seus óculos e abri a espelho para ver.
Observou durante minutos, enquanto se virava para ver todos os ângulos e sorria divertida.
- Sabes que gostei? Alias amei. Nunca tinha experimentado andar assim.
- Estás fantástica, sabias? Minha princesa...
- Obrigada.
- Então vamos arrancar. - sugeri.
- Vamos - disse animada.
Partimos pela serra sem pressa. Dirigi-me pela estrada para Colares, por entre a vegetação, enquanto conversávamos para a conhecer melhor.
Paramos pelo caminho em Monserrate.
- Vamos passear a pé pelo parque? - sugeri.
- Sim, vamos. Adoro o bosque.
Dei-lhe o meu braço que agarrou com delicadeza e pousei a minha mão sobre a mão que me agarrava.
Seguimos o passeio enquanto trocávamos suaves e discretas carícias.
Disfrutávamos o ar livre, a calma, os sons e silêncios do bosque e tornava-se mais fácil fazer perguntas pessoais.
- És casada, princesa?
- Sou.
- Tens filhos?
- Não
- És feliz?
- Não sei se sou. Ás vezes..
- O teu marido dá-te atenção?
- ...pouca - após alguma hesitação - passa muito tempo no estrangeiro, como esta semana, e na volta parece não ter tempo para mim.
- Foi por isso que me ligaste?
- ...sim.
- Fizeste bem, princesa.
Ao contrário que esperava a princesa não era, nem feia, nem desinteressante, nem encalhada, nem correspondia a qualquer estereotipo que outrora imaginara. Era apenas alguem que procurava atenção. Carinho também mas, principalmente, ser ela o centro. Ser o momento dela. Percebia que em sua casa seria pouco mais que secundária.
Não quis aprofundar para não estragar o ambiente e mudei o tema. Durante o jantar voltaria ao tema.
- Gosto te te ver assim princesa. Qual Grace Kelly. Muito adequado para princesa.
- E o outro lenço?
- Queres saber para que é o outro?
- É para eu usar como? Já tenho um!
- É para estimular os sentidos. Logo vês. Embora ver não seja o melhor termo. - deixei a pista.
Continuou a caminhar em silêncio, a pensar. Ficou intrigada e, como era inteligente, não passou muito sem perguntar.
- Vais me vendar? - perguntou renitente
- Estava nos meus planos. Não queres?
- Quero, claro. Quero tudo. Vim para estar nas tuas mãos profissionais, não foi?
Entretanto estávamos de volta ao carro.
- Embora seja cedo vamos até Colares e depois jantamos perto do Cabo da Roca?
- Leva-me.
- Com todo o gosto.
Tinha mesa marcada num pequeno e sossegado restaurante com vista para o mar.
Ali ficávamos a vontade sem qualquer constrangimento.
À chegada retirou cuidadosamente o lenço da cabeça e os óculos, guardando-os na carteira.
Adoro ver esse movimento!
Pedimos umas saladas para não ficarmos muito cheios. Ambos sabíamos o que viria em seguida mas nenhum denunciava. Nem queríamos perder aquele ambiente tão bom.
- Estas a gostar, até agora? - Perguntei baixinho
- Sim, muito.
- Sentes-te confortável na minha companhia?
- Sim, muito.
- E o restaurante gostas?
- Sim, muito.
- E tens reposta diferente, princesa?
- Ahahaha, Sim, muitas. - respondeu divertida.
- Ahahaha - Não consegui deixar de rir.
- E tu tens mais perguntas? - provocou.
- Sim, Muitas.
- Faz...
- Nunca tiveste um orgasmo, princesa? - aproveitei para perguntar.
- Não. O meu marido preocupa-se só com ele.
- Alguma vez tiveste vontade com outro?
- Sim, quando te liguei - em resposta muito directa e imediata.
- E ele pede-te alguma coisa que não te sintas confortável?
- Não. Nunca pede nada. Não tem interesse.
- E estás preparada para ser tudo para ti?
- Estou.
- Também acho que estás. Vamos.
- Pões-me o lenço novamente? Gostei tanto.
"Também eu", pensei devolvendo um sorriso.
Recoloquei o lenço da mesma forma que vinha.
- Estás numa princesa. ...Princesa.
- Obrigada. - disse cheia de confiança.
Viajamos até à sua casa. Perto de chegarmos retirou o lenço da cabeça para não dar nas vistas.
- Não te importas que tire o lenço? Prefiro não chamar atenção dos vizinhos.
- Claro, minha princesa.
Entramos e perguntou de seguida.
- E agora precisas de alguma coisa?
- Sim. Uma toalha, uma roupão, par de chinelos e os lenços. E que me mostres onde é o teu banho.
Rapidamente entregou-me tudo. Indiquei-lhe que esperasse uns momentos, na sua sala, enquanto preparava seu banho. Coloquei tudo estrategicamente á mão para não haver enganos.
Descalcei os meus sapatos e despi a camisa.
Fui à sala para a dirigir ao banho.
- Pronta, princesa?
- Acho que sim... - arregalada por estar em tronco nu.
Sentei-a numa cadeira estrategicamente colocada no centro.
- Agora a preparação...
Com toda a delicadeza descalcei-lhe os sapatos.
Escorrendo os dedos pelos cabelos e pescoço, peguei no lenço grande e suavemente amarrei na sua cabeça, estilo pirata, para prender todo o seu cabelo durante o banho e não só.
Peguei no lenço castanho, dobrei em fita e entreguei-o nas suas mãos.
- É para eu por usar? - perguntou perdida
- Não... - respondi provocador
- Então?
- A intimidade de uma princesa não é para se ver. (Ainda não...)
- Tens pormenores tão giros... - Percebendo o que fazer.
Atou o lenço sobre os meus olhos com muita precisão, não deixando nenhum espaço por onde fosse vislumbrar a sua nudez.
Por tacto despi as suas roupas. Uma a uma. Lentamente deixava cair as peças.
Levantei-a pela mão e dirigi-a á banheira, previamente cheia. Sentei-a tranquilamente.
Agarrei o gel, estrategicamente colocado, e comecei pelo pescoço.
Não dizia nada. Apenas se ouvia o som da água a escorrer.
Percebi que estava confortável e descontraída. A ideia de não a ver despida deixou-a muito mais a vontade.
As minha mãos passavam-lhe gel em todo o corpo. Sempre deslizando lentamente. Do pescoço para os braços, axilas, para as costas, barriga, peito. Seguidamente dos pés para cima. Comecei, com muito detalhe, pelos dedos, perna, joelho, coxa, anca e... Sim... Por todo o lado, sem nada deixar por banhar.
Nesta já a sentia perfeitamente confortável com as minhas mãos a percorrerem o seu corpo.
A água dava sinais de estar a perder a temperatura. Estava na hora da fase seguinte.
Dei-lhe as mãos para se levantar a passar ao tapete. Novamente, usando todo o tempo, enxuguei-a com a grande toalha que me tinha entregue. Vesti-lhe o roupão, de seguida.
Desatei o lenço que me vendava e aconcheguei-lhe o roupão.
- Que bom! - disse relaxada.
- Confortável, princesa?.
- Muito...
- Vou te fazer uma massagem. Vamos para o quarto?
- Vamos.
Agarrei o frasco com óleo de amêndoas doces que tinha deixado a aquecer em água quente do lavatório, levava o lenço castanho na mão e dirigimos-nos para o quarto.
- Quero que sintas mais intensamente.
- Também quero...
Aproximei lentamente o lenço aos seu olhos, denunciando a minha intenção. Atei com cuidado enquanto observava as suas reacções. Coloquei uma musica suave. Com facilidade se entregou a mim sem preocupações.
Retirei mantas da cama para que ficasse apenas nos lençóis e finalmente abri com cuidado o roupão expondo os seus seios. Deixei-o cair no chão.
Hesitou por uns momentos tentada a esconder a sua intimidade mas manteve-se impávida. Deitei-a na cama da barriga para baixo.
Despida, de lenço no cabelo á pirata e de olhos vendados formam uma imagem fantástica.
Escorri um fio de óleo morno sobre as suas costas que, lentamente, espalhei sobre todo o seu corpo. Estava rendida ao momento.
Com mão pesada pressionava-a de baixo para cima, de dentro para fora. Massajei mãos e pés. Percorri braços e pernas. Alonguei, amassei, pressionei, estremeci...
Sem parar a massagem reduzi a intensidade, passei a tocar levemente, a acariciar a sua pele, a analisar seus pontos sensíveis, a relaxar seu corpo.
Virei-a de barriga para cima. Não me via e estava, agora, totalmente exposta. Mesmo assim aparentava estar confortável embora ligeiramente ansiosa, por saber que o momento se aproximava.
Examinava suavemente o seu corpo com os dedos. Ainda mais procurava todos os pontos e todos os recantos sensíveis até à sua intimidade. Analisava, quase cientificamente, os seus movimentos e reacções de forma a insistir nos estímulos que lhe davam mais prazer.
Quanto mais tempo passava mais me dedicava às suas zonas erógenas.
Chegara ao ponto certo, onde o corpo visivelmente denuncia o seu desejo. Era a hora da derradeira "ferramenta".
Encosto os lábios ao pescoço saboreando-o com a ponta da língua iniciando uma longa e demorada descida que não deixará nada por explorar.
Ao passar o umbigo percebeu onde é que ia chegar em seguida. Desci ainda mais devagar e para seu "desespero" circulava por entre as coxas prolongando o desejo.
Parei em silêncio durante uns minutos respirando sobre o ponto mais desejado, a ínfimos milímetros de distância. Sentia o ar morno da minha respiração, sabendo que eu já lá estava e tentava levantar-se para que eu a tocasse mas o lenço que a vendava não a permitir localizar a minha boca.
Esporadicamente tocava-a muito de leve com a ponta da língua.
Gemia como a querer dizer para ir mais mas não tinha coragem de o pronunciar.
Cada vez mais sentia o encosto da língua que se repetia e prolongava.
Finalmente o contacto pleno que a fez torcer. Desta eu já não sairia mais de dentro se si.
Saboreava toda a sua íntima área crescendo a intensidade mas a princesa nunca tinha chegado ao fim. Não seria assim tão fácil. Teria de gerir o esforço dela e o meu. Por momentos reduzia a intensidade para ambos respirarmos e recuperarmos.
Apercebi-me que estava prestes a chegar ao ponto de não retorno e arrisquei. Arrisquei tudo fazendo a minha língua mexer como peixe tirado da água. As suas coxas e abdominais contraiam descontroladamente acompanhado com indiscretos gemidos. Pela primeira vez tinha chegado onde nunca tinha estado. Experimentou um prazer que se prolongava como se encontrasse acumulado durante todos os anos de falta.
Perdeu toda o sua postura. Estava qual possuída e demonstrava sem qualquer limite. Era uma sensação que tinha tanto de novo como de desejado. Apenas acalmou quando se esgotaram as energias.
Cobri-a com o roupão e sentei-me a seu lado enquanto recuperávamos Desatei o lenço que a vendara e o lenço da cabeça. Dobrei-os cuidadosamente enquanto me olhava arrasada.
- Foi como esperavas, princesa?
- Não sabia que esperar, tinha medo de ficar desiludida.
- E ficaste?
- Sabes que foi o contrário. Tu viste-me.
- Sei...
- E se eu quiser repetir? Já não vai ser o primeiro.
- Pois é um problema. Eu só faço primeiros.
- Não abres excepções?
- Nunca. ...mas o primeiro prescreve ao fim de um mês.
Não conseguiu disfarçar um perverso sorriso.
Passado um pouco dirigimos-nos à sala, onde se encontrava o envelope que discretamente me entregou.
Subitamente percebi que esta actividade poderia ter algum futuro.
QT
Nada a comentar!Só que agora estou a morrer de inveja dessa princesa!
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